Depoimentos

Depoimentos de Nossas infâncias.

Depoimento de Helder Fernando

Nunca fui um exímio leitor muito menos escritor, pelo contrario, na minha infância, em meus tempos vagos adorava me divertir em brincadeira de rua, mesmo em tempo chuvosos dava um jeitinho de se divertir com meus amigos, criatividade para brincadeiras não faltava, aprendi a ler e escrever na marra, ou eu me empenhava na escola ou repetiria pela terceira vez o segundo  ano do ensino fundamental. Meus pais trabalhavam muito, sua maior preocupação era trazer comida para casa, como eles passaram fome em suas infâncias não desejavam o mesmo destino a mim e minha irmã, seu tempo era limitado, não tinha tempo de me auxiliar em meus estudos, minha tortura era ter que realizar as lições de casa passada pelos professores normalmente realizava na escola mesmo para não trazer nada para casa. Comecei a trabalhar cedo devido às dificuldades financeiras que encontrava em casa, talvez isso foi um lado positivo onde incentivou meu desenvolvimento.

    Meu pensamento veio mudar depois de velho, quando comecei a trabalhar, fiquei cansado de ser pião, trabalhei em diversos lugares, apostei em meus estudos, onde enxerguei um mundo de possibilidade e realidade diferente da minha que alvejava alcançar. Graças a revolta de ser pião em minha juventude, consegui finalmente me formar, claramente que o habito da leitura não me abraçou completamente, gosto de ler porém meu maior inimigo são dois, o tempo e a preguiça, prefiro um filminho ou um passeio ao invés de ficar lendo livros, mas quando começo a ler um bom livro esses meus conceitos mudam rapidamente. 

Depoimento de MIRIAM GARCIA MARTINEZ:

Não me lembro assim com clareza quando comecei a ler e escrever, mas os momentos mais marcantes dessa etapa da minha vida, foram aqueles em que queria ler muitas palavras ao mesmo tempo , querendo devorar as letrinhas e entender o significado de cada uma delas assim como se já tivesse lido muitas vezes em muitas gerações.
Daí pra frente, tudo se tornou uma grande viagem onde eu tive o prazer de conhecer muitas cidadezinhas descritas assim nos mínimos detalhes e imaginando como seria aquela árvore que o autor descrevia as folhas caindo no outono ou aquela neve cobrindo o telhado das casinhas.
Ler e escrever pra mim foi talvez uma das maiores conquistas porque ganhei tantas palavras inéditas, tantos sinônimos desconhecidos, tantas preposições desencontradas e tantas rimas não entendidas.
Desde então, escrever se tornou meu maior desafio porque queria transpor para o papel, tudo aquilo que meus olhos leram e tudo aquilo que minha imaginação não se cansava de sonhar, e cheguei a desejar ser uma escritora assim como os autores que eu li. 
Os autores eram como que super heróis que eu imaginava escrevendo a história de um mundo melhor, de sonhos realizados, de paz conquistada, de pessoas trocando livros e escrevendo suas vidas. A cada livro lido é como se fosse uma barreira que eu tinha deixado pra trás e ia anotando num caderno velho que eu guardava como se fosse um tesouro e ao catalogar o livro quando escrevia o nome do autor, ficava me perguntando: “onde será que ele encontrou tantas palavras bonitas?”, “será que um dia vou escrever bonito assim?”.
Hoje, passados muitos anos, ainda olho na minha estante de livros e fico pegando um a um e lendo suas sinopses e admirando cada autor pela sua sabedoria com a escrita e por me proporcionar momentos maravilhosos de conhecer sua história mesmo que seja fictícia, mas que na hora da leitura acaba que por se tornar uma leitura de sonhos.


Em breves relatos de:
JEFFERSON GARCIA MARTINZ:


FABIANA GIMENES PINTO:


LUÍZ HENRIQUE MARTINS FLAMÍNIO

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